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sábado, 23 de agosto de 2014

Criando crônica


Criando a sua crônica de vampiro: 10 dicas úteis para você não meter os pés pelas mãos.




1 – Converse com os seus jogadores o que é que eles querem.



Esse é o primeiro passo para uma crônica bem sucedida. Sente-se com cada jogador em separado e pergunte a ele o que ele quer, honestamente. Anote as impressões e desejos dele num papel, em forma de tópicos, e compare com o que os outros querem. Não se esqueça de adequar sua crônica a essas informações. Se os jogadores querem mais “porrada” dê isso a eles.





2 – Defina o que você quer.

Os jogadores já disseram o que querem e está na hora de você, narrador, dizer o que quer. É a hora de colocar as cartas na mesa, dizer o que você espera dos jogadores e dos personagens e acima de tudo traçar as linhas gerais das regras das histórias. É nessa hora que você vai limitar ou liberar clãs, disciplinas, habilidades, poderes e histórias.

Um exemplo disso pode ser a seguinte lista:

· Todos deve ter pelo menos status 1;

· Nenhuma habilidade/perícia/conhecimento pode ter valor maior que 3 no momento da criação;

· Apenas uma habilidade/perícia/conhecimento pode ter valor maior que 3 depois de distribuídos os pontos de bônus. Mesmo assim o valor elevado na habilidade/perícia/conhecimento deve ser explicado em detalhes.

· Nenhuma Disciplina pode ter valor maior que 4;

· Todos os personagens devem começar o jogo com o valor de Humanidade mínimo de 6.

· Só serão usados e aceitos personagens dos clãs presentes no livro básico de Vampiro: a Máscara e que pertençam à Camarilla.





3 – Use um lugar que você conhece bem.

O ideal é você usar uma cidade para ser o pano de fundo da crônica. Um lugar que você conheça bem, ou que, pelo menos, você tenha como conseguir boas e rápidas informações. Conheça detalhes sobre bairros, pessoas, políticos, casas de shows e outros folclores locais. Nada pior do que cometer uma gafe do tipo: “está nevando em Ilhéus”, ou “no bairro japonês da cidade de Tóquio”...

Descole alguns mapas, faça algumas anotações pertinentes aos locais que você conhece.





4 – Povoe o lugar.

Você já conhece os jogadores, a cidade, e o que todo mundo quer. Agora esta na hora de povoar a cidade. Baseada na sua população descreva quantos vampiros existem. Quantos são, como são organizados, quais são as áreas de caça... você pode optar por uma abordagem clássica: brujahs nas periferias, ventrues nos centros empresariais, toreadores nas galerias de arte, nosferatus nos esgotos, gangréis nos subúrbios e áreas rurais... ou pode girar tudo de pernas para o ar: toreadores nas periferias, gangréis nos centros empresariais, nosferatus nas galerias de arte, ventrues nos esgotos, brujahs nos subúrbios e áreas rurais.

Crie alguns vampiros e carniçais de cada clã que têm alguma importância na cidade. Delimite também seus aliados e inimigos.





5 – Antagonistas.

Quem são os antagonistas que os personagens vão enfrentar? Rivais de clã, caçadores de vampiros, sabá, lupinos? Vão ser uma ameaça freqüente ou apenas um monstro errante que aparece de tempos em tempos? Como os outros vampiros convivem com esses antagonistas? Se houver mais de um grupo de inimigos, que relação eles têm entre si? Os personagens dos jogadores têm alguma chance de vencer?





6 – A tônica da história.

Trace algumas linhas gerais ou palavras-chaves que descrevem a parte forte da história. Essa lista servirá de bússola caso você se perca em algum momento. Uma lista boa tem entre cinco a dez palavras. Lembre de enfatizar pelo menos um desses itens na sua história.





7 – Explore a besta, a letargia e as demais fraquezas vampíricas.

Nunca deixe uma desvantagem passar em branco. Um vampiro que foi abraçado nos anos setenta curtirá “disco music” e terá costeletas largas, falará “bicho” e dificilmente abandonará suas calças boca de sino. Deixe claro o anacronismo do personagem á medida que ele vai pegando ojeriza pelo mundo moderno. Descreva coisas como: “Você esta no metrô, a caminho de casa, quando percebe um rapaz com fones de ouvido. Você esforça os ouvidos, mas não ouve nada. De repente o rapaz começa a falar. É um maldito celular. Como você odeia essas coisas modernas. Telefones eram bons quando eram fixos e tinham apenas seis números”.

Deixe que a besta fale com eles, tente-os de tempos em tempos. O importante é deixar claro que eles não são crianças más com superpoderes e sobretudos, voando baixo pela cidade. Nunca os deixe 100% confortáveis.





8 – Esforce-se na interpretação e na descrição das coisas.

Já ouviu aquela, macaco vê, macaco faz? Com jogadores é a mesma coisa. Se você começar a interpretar cada NPC de uma forma diferente e convincente eles também vão fazer isso com seus personagens. E, acredite, eles vão se divertir e deixar você de queixo caído com suas interpretações.

Quando for descrever não seja muito curto e nem muito longo. Evite frases que não evoquem nada na cabeça dos jogadores. “Você vê um bandido. Ele saca a arma e atira. Role esquiva...”. Prefira frases um pouco mais descritivas: “Um homem de calça jeans e jaqueta preta para na sua frente. Ele coloca a mão no bolso e saca uma pistola. Mira e dispara na sua direção, antes que você tenha tempo de reagir. O que você vai fazer”?

Especialmente quando estiver lidando com o sobrenatural das disciplinas descreva coisas diferentes.





9 – Garanta que cada um tenha o seu lugar.

Os jogadores são as estrelas da sua mesa. Dê a chance para que eles brilhem, cada vez mais alto. Apresente situações em que cada um deles se sobressaia em um determinado momento. Nunca esqueça de enfatizar como o trabalho deles, em equipe, resolveu o problema.





10 – Deixe todos em suspense – sempre.

Um dos segredos para que sua crônica jamais perca o interesse é criar ganchos que incitem os jogadores a voltarem na semana seguinte, com sede de jogo.

Vamos imaginar que numa aventura eles descobrem o assassino. Na hora que vão rolar a iniciativa, diga: ok, chega de aventura por hoje. Semana que vem, no mesmo horário? Deixe-os sempre em suspense, loucos para voltar na semana seguinte e dar continuidade ao jogo.


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